Praticantes de esportes vão contar várias histórias sobre como suas vidas cruzaram caminhos com a arte suave e outras atividades esportivas. A primeira reportagem contamos a história de André Luiz, empresário, atleta, Missionário e político.
Nesta segunda edição o portal ‘NOPODIO’ vai relatar a rotina de um profissional, faixa preta, praticante de Jiu-jitsu, há aproximadamente vinte anos, que além de atleta e advogado foi escolhido como um dos maiores políticos influentes no Estado do Amazonas. Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa, conhecido como “Chico Preto” contou pra gente um pouco sobre sua rotina de treinos, carreira, como começou no esporte e muito mais. Vamos lá?
NP: Como foi que o Jiu-jitsu surgiu na sua vida? Houve algum incentivo?
Chico Preto: O esporte, de um modo geral, sempre esteve presente na minha vida e na minha formação como ser humano. Comecei com a natação, ainda na década de 70, no Olímpico Clube e foi ali que aconteceu meu primeiro contato com o Jiu-jitsu. Através dos professores Aly Jorge Almeida e Alfredo Jacauna Pinheiro nasceu minha admiração e despertou meu interesse pela arte suave. Após um intervalo, retorno ao tatame no ano de 2000 e conquisto a então sonhada faixa preta. Hoje, eu faço parte da família AJ Jiu-jitsu, tendo à frente o mestre faixa preta, André Júlio Franco, que desenvolve um excelente trabalho com crianças, jovens e adultos. No último mês ele foi vice-campeão Mundial de Jiu-jitsu em uma competição em Abu Dhabi.
NP: Hoje, o que o Jiu-jitsu representa na sua vida?
Chico Preto: Essa arte efetivamente se consolidou na minha vida. Na minha concepção e tão comum quanto acordar, levantar e tomar café, assim e a pratica do JJ. É algo que me complementa! Posso dizer que a falta dessa arte marcial, na minha rotina, faz com que o meu organismo receba uma certa cobrança. O JJ representa muito na minha vida, com ele pude aperfeiçoar valores levados da minha família e que hoje foram lapidados.
NP: Você acha que esse esporte pode agregar e trazer algo de positivo na vida de alguém?
Chico Preto: Por mais que a luta, o confronto, seja individual o lugar da pratica, que é um ambiente coletivo, agrega valores, respeito, disciplina, superação, companheirismo. Humildade necessária para você ter humildade na vitória. E também a determinação suficiente ara superar suas fraquezas e debilidade na derrota. É incrível como no treino você vai se moldando, aperfeiçoando e consolidando valores que serão levados para todas as áreas da sua vida. Tudo isso e reflexo da lapidação que o Jiu-jitsu faz.
NP: Além de atleta e advogado, é político também. Você se sente realizado nessas três áreas?
Chico Preto: Sou feliz com tudo o que tenho: Deus, família, profissão, vocação e arte suave. Vejo a minha vida como uma pirâmide: na base, o alicerce é Deus, o piso é a minha família e tenho a política como o meio de me movimentar no sentido de ajudar as pessoas. A vida só faz sentido se a gente puder tocar as pessoas de alguma forma: como político, faço isso e tem sido muito gratificante. Nos vértices do triângulo, estão o Jiu-jitsu e a advocacia. O Jiu-jitsu me equilibra, me mantém no foco porque me disciplina e a advocacia é a profissão que escolhi e que me realiza como cidadão. Seja na base, seja nos vértices, tenho os amigos que me carregam no colo de vez em quando. Toda essa junção de pessoas, de crenças, de valores me deixa sempre no topo da pirâmide e desse lugar só Deus pode me tirar.
NP: Quem foi sua inspiração nessa função de parlamentar?
Chico Preto: Tenho 3 nomes que me inspiraram: O primeiro foi meu pai. Eu comecei a me interessar por política ainda adolescente quando ajudava o meu pai, Chico Preto, na loja que ele tinha no Centro de Manaus. As pessoas entravam na loja para comprar e também para falar de seus problemas. E eu ficava imaginando como poderia ajudar tanta gente. Foi então que decidi ser político. A boa política que pratico ajuda o coletivo e não apenas o individual. Já parlamentar, a minha segunda inspiração foi Abraham Lincoln e sabe por quê? Ele tem uma característica que é muito presente em mim: a persistência. Lincoln perdeu 8 eleições, fracassou nos negócios, teve um colapso nervoso, mas ainda assim não desistiu e se tornou Presidente dos Estados Unidos. Ser parlamentar, atualmente, não é fácil, mas persisto por uma causa maior: defender os interesses de nossa gente. E a terceira inspiração foi o Mestre do Jiu-jitsu, Carlos Gracie. Tem uma frase dele que é minha filosofia de vida: “Sou grande demais pra sentir desassossego, nobre demais pra sentir raiva, forte demais pra sentir temor e feliz demais pra sentir contrariedades”.
A vida é uma luta diária, não são os fortes que vencem sempre, mas aqueles que nunca desistem de lutar. Eu sou a prova viva disso.
NP: Como a mídia social tem mostrado constantemente a sua atuação política. O portal acha interessante que nossos leitores virtuais saibam que a Câmara Municipal tem um vereador que está preocupado em resolver os problemas das pessoas. Conte-nos!
Chico Preto: Eu tenho quase 60 mil seguidores no Facebook e as redes sociais pra mim são uma vitrine em que posso expor a minha atuação como político. Essa aproximação que as redes sociais nos permite ter com o povo é algo fantástico. Procuro de todas as formas responder aos comentários das pessoas e não tenho medo do confronto, nem de desgastar imagem, ao contrário, esse diálogo constante faz com que as pessoas me conheçam profundamente e passem a admirar o trabalho que faço. Não posso também deixar de citar e agradecer a todos os jornais impressos, telejornais, blogs e rádios locais que têm sido divulgadores de minhas ações na Câmara. Confesso que a cada dia fico mais encantado com o profissionalismo e a competência de nossos jornalistas, comunicadores, repórteres e entrevistadores. Nossa cidade só tem a ganhar com profissionais tão qualificados.
NP: Através da política você já apoiou algum projeto voltado para o esporte local?
Chico Preto: Sempre que posso apoio tudo o que é voltado para a prática do esporte. Atualmente, tenho um projeto grandioso que é abrir as quadras de esporte das escolas municipais, depois do expediente e nos finais de semana, para a comunidade. Com o acompanhamento de profissionais da educação física, psicólogos e assistentes sociais, as nossas crianças e jovens teriam um lugar seguro, longe das drogas, para se identificar com um esporte, seja luta, futebol, vôlei, atletismo, handebol, futsal, basquetebol, dança, qualquer atividade que envolva movimento e que possa dar prazer aos nossos meninos e meninas de quererem estar e cuidar da escola.
Estamos em processo final de construção e vamos atrás de viabilizar isso junto aos órgãos competentes.
Também quando deputado, tive a oportunidade de direcionar orçamento para a distribuição de alguns equipamentos e consegui alcançar mais de 100 academias no Amazonas. Isso foi muito gratificante.
NP: Que mensagem você gostaria de deixar, para todos os leitores internautas do site que vão ter acesso a sua entrevista e, aos jovens que estão ingressando no Jiu-jitsu?
Chico Preto: Tem uma máxima do Jiu-jitsu que diz assim: “Enquanto para muitos o chão é o fim, para nós, é só o começo da luta”. Qualquer esporte ensina a ter disciplina e, principalmente, a focar naquilo que queremos conquistar seja individualmente, seja em equipe.
Ora, não há lição maior pra vida: focar nos nossos objetivos. Quando sabemos aonde queremos chegar, ainda que estejamos no chão, a gente levanta e segue em frente, ninguém pode nos parar.
O portal “NoPódio” agradece desde já o vereador e atleta Chico Preto pela entrevista concedida e parabeniza seu trabalho e o conjunto de conhecimento que nos foi dado.
E você, quem gostaria de ver por aqui?
Por Fabricia Campos