O faixa preta de jiu-jitsu Fabio Trindade é considerado um dos maiores nomes da luta amazonense. Com vários títulos nacionais e internacionais, o lutador acaba de conquistar mais uma medalha, desta vez no Mundial GI e NOGI, na Califórnia. Em entrevista ao site NoPodio, o Trindade fala da carreira, da suspensão no EUA e do irmão Diego, confira a entrevista:
NP: Fale da polêmica envolvendo a punição na luta do evento FURY FC.
FT: Fiz a co luta principal na categoria 77kg contra Charlie Ontiveros, considerado um dos melhores desse peso no Texas, inclusive lutou no Bellator. Comecei bem, impondo meu ritmo, estava dominando a luta, botei ele para baixo e comecei um ground pound agressivo, ele tentou um arm lock, frouxo por sinal e fiz a saída, sem querer, pisei de raspão no seu rosto, foi um acidente de trabalho, acontece em todo evento. Ele aproveitou fez uma cena e não voltou para lutar, saindo de colar cervical e carregado. Através desse site www.ffcmma.com , é possível ver tudo, ele realmente é um ótimo ator. O Charlie e a comissão atlética me processaram. Recebi uma carta avisando que seria investigado as circunstancias desse acidente, mais fiquei tranquilo , sempre de consciência limpa. Infelizmente ao fim da investigação, fui processado em cinco mil dólares e sem dinheiro para pagar advogado, fui obrigado a aceitar a culpa e tentar fazer um acordo. Me deram duas opções, um ano suspenso e pagando 2.200 dólares ou pagar 3.750 dólares parcelado e assim poder continuar a lutar MMA nos EUA, aceitei a segunda opção. O estranho é que se eu causei danos irreversíveis em seu rosto e ombro, para toda a vida como foi alegado, como é que dois meses depois, ele já estava lutando?
NP: Fale da conquista no Mundial GI e NOGI .
FT: Saí do Texas e fui para a Califórnia lutar o Mundial GI e NOGI da SJJI, na Pirâmide, em Long Beach. Na competição de kimono acabei perdendo na semifinal, pois já estava há dois meses sem botar o kimono. Eu já sabia que sem kimono seria bem melhor e foi o que aconteceu, fiz três lutas, finalizei a primeira, a segunda venci por 6 a 0 e a final venci por 9 a 2, me tornando bicampeão NOGI 2015/2016.
NP: Alguma luta marcada?
FT: No momento estou sem luta marcada de MMA, mas tenho proposta para lutar na Europa em 2017 e começando a pagar a multa, com certeza serei chamado pelo Fury, RFA ou Legacy .
NP: Quais os projetos futuros?
FT: Volto para a América em Fevereiro e vou continuar lutando de kimono e sem kimono, com certeza MMA também. A última luta que fiz foi no RFA, considerado um dos maiores eventos do mundo. Lutei no card principal contra o quinto do ranking e fiz um lutaço na categoria 77kg, sendo que minha categoria é 70kg. Venci os dois round e meio e por um erro de estratégia acabei perdendo no final do terceiro round. Recebi muitos elogios da organização do evento, gostaram muito da minha luta.
NP: Como você começou a treinar jiu-jitsu?
FT: Comecei a treinar jiu-jitsu em 1997, na academia Monteiro. Eu sempre via o Royce Gracie lutando e queria ser como ele.
NP: Quais seus principais títulos no jiu-jitsu?
FT: Campeão Mundial de jiu-jitsu 2015 SJJIF, Bicampeão Mundial NOGI 2015/2016 SJJIF, quatro medalhas de bronze nos campeonatos Mundiais da IBJJF, tricampeão Brasileiro de jiu-jitsu pela CBJJ, sete vezes campeão Amazonense, Campeão Sul-Americano pela IBJJF, campeão do Open Las Vegas IBJJF, tricampeão Naga de kimono e sem kimono (Las Vegas, Houston, Austin), campeão Five Grappling de kimonon e sem kimono em Dallas Texas .
NP: Como esta seu cartel de lutas no MMA?
FT: Cinco vitórias, três derrotas e uma desclassificação.
NP: Quais as maiores dificuldades que enfrentou ou enfrenta no jiu-jitsu?
FT: As dificuldades são sempre as mesmas, a dificuldade nos patrocínios e a pouca valorização. É por isso que hoje em dia luto mais nos EUA, onde nos somos valorizados de verdade.
NP: Fale do seu irmão Diego Trindade.
FT: Diego, meu irmãozinho. Ia ser melhor que eu, tinha certeza disso. Ele tinha um coração gigante, era uma pessoa do bem, o cara que sempre me incentivou e acreditava muito em mim. Ele falava para todo mundo que “eu era o cara”. Ele falava que era meu fã, sendo que eu era fã dele. Meu maior objetivo é deixar ele orgulhoso, esteja ele onde estiver. Hoje temos o Instituto Diego Trindade que é um projeto social. Fazemos o Natal Solidário, onde entregamos brinquedos e roupas para crianças carentes. Essa era a ideia dele, ajudar pessoas e a minha mãe toca a Instituição, continuando esse sonho. Também fazemos a Copa Diego Trindade, onde as inscrições para as crianças são gratuitas.
NP: Fale das histórias marcantes em sua trajetória na luta.
FT: Ano que vem farei 20 anos de jiu-jitsu e 10 anos no MMA. Tem muita coisa que rolou. Mas o que torna marcante não são os títulos mas servir de exemplo, mostrar que apesar de todas as coisas ruins que acontecem , temos que confiar e nunca desistir. Não sou perfeito, mas tento ser o melhor possível como cidadão. Tento ser como o Diego que era uma pessoa impecável, que ajudava todos, era educado, simpático, engraçado e levava alegria onde estivesse. Uma das coisas mais sinistras que presenciei, foi quando estava como corner do Cyborg, na luta contra o Paige, no Bellator, em Londres. Vi de perto a testa dele afundando e saí do ginásio na ambulância, passei a noite no hospital acompanhando tudo. Na ocasião, faltavam duas semanas para minha luta no RFA, então percebi o quanto é perigoso e traumático o esporte que amamos. Por isso, todos que se submetem a subir no cage para lutar, independente de vitória ou derrota é digno de respeito.
Por: Greici Fernandes
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