Por: Lorena Furtado

Uma graduação inusitada dentro da área de competição de um dos mais importantes campeonatos esportivos do Amazonas: a Copa Osvaldo Alves de Jiu-jítsu. Assim foi a passagem para a faixa-preta do atleta Weslley Mamede, da equipe Mutação. Após ser consagrado campeão da categoria Pesadíssimo e Absoluto na competição ainda com a graduação marrom, o então faixa-preta Weslley Mamede já acumula mais de 120 títulos na modalidade e três cinturões em sua carreira.

Mamede foi graduado durante a Copa Osvaldo Alves (Foto: Lorena Furtado)

De acordo com o atleta, a vontade de treinar o jiu-jítsu surgiu aos 17 anos, por simples curiosidade e hoje, aos 24, o que era apenas uma vontade se transformou em verdadeiro amor pelo esporte. “Foi quando comecei a competir que tive a certeza do quanto o jiu-jítsu poderia mudar minha vida. Conquistei vários títulos em campeonatos importantes no Estado e três cinturões, sendo dois deles no ano passado, no Roraima Open International e no Inter Gracie, e o último foi na Copa América deste ano”, explica.

Dentre suas conquistas, Mamede acumula títulos como: quatro vezes campeão da Copa Osvaldo Alves; pentacampeão amazonense de jiu-jítsu; três vezes campeão da Copa Arthur Neto; bicampeão do International Open (IBJJF); tricampeonato pela Copa dos Campeões e Copa América; quatro vezes campeão no Amazon Open (FAJJE); dentre outros tantos campeonatos.

O criador e a criatura: mestre e aluno colecionam vários títulos no jiu-jítsu (Foto: Divulgação)

Para o mestre Carlos Luciano Pereira, faixa-preta quarto grau e líder da Equipe Mutação, Mamede sempre foi um ótimo aluno. Sua história na academia teve início desde a faixa branca, porém ele só começou a competir quando estava na faixa azul. Mesmo esforçado, o atleta passou por várias dificuldades ao longo das competições e, em virtude disto, Pereira pensou que sua graduação deveria ser diferenciada, principalmente por sua trajetória dentro do esporte.

“Seu primeiro campeonato foi a Copa Zona Leste e em uma das lutas, lembro que ele quebrou o pé. Após sua recuperação, voltou a competir e em sua reestreia, foi finalizado. Mesmo assim ele nunca desistiu e passou a se dedicar cada vez mais. Eu tinha que fazer diferente a sua graduação. Foi então que vi na Copa Osvaldo Alves uma grande oportunidade para graduá-lo, não só por todo o seu esforço, mas por tudo o que ele já conquistou até aqui. Estou falando de uma grande promessa do jiu-jítsu amazonense”, destacou Pereira.

Líder da Equipe Mutação, Carlos Luciano Pereira, com o novo faixa-preta, Weslley Mamede (Foto: Lorena Furtado)

Diante de sua graduação, o atual faixa-preta Weslley Mamede comentou sobre a surpresa do momento e já fala sobre a preparação para os novos desafios. “Nunca imaginei que fosse ser graduado dessa forma. Foi uma grata surpresa e desde já, irei fazer jus à faixa que recebi de meu mestre. A meta agora é honrar toda a confiança depositada no que aprendi e buscar enfrentar os “cabeças de chave” da minha categoria e principalmente do absoluto, de modo que eu possa conquistar cada vez mais vitórias”, finalizou.

Aniversário

No último dia 24, terça-feira, a academia Mutação (núcleo Petrópolis) comemorou 10 anos de existência. Desde a sua fundação, a filial está sob a direção do sensei Ricardo Rodrigues, que é faixa-preta de jiu-jítsu e foi graduado pelo líder da equipe Mutação, o também faixa-preta 4º grau, Carlos Luciano Pereira.

Núcleo Petrópolis da Equipe Mutação comemora 10 anos de fundação (Foto: Divulgação)

Rodrigues começou a treinar com a faixa branca na academia-matriz, localizada no bairro Coroado II. Ao longo do tempo, foi aprendendo a arte suave e após alguns anos, foi graduado por seu mestre. Em 2007, deu início à base no bairro Petrópolis e já completaram uma década em prol da propagação e desenvolvimento do jiu-jítsu no Amazonas.

Equipe Mutação (Foto: Divulgação)