Com uma rotina toda programada e dedicada a um dos esportes que mais cresce em todo o mundo, Daniely de Souza Castilho, 33 anos, é uma das atletas de maior expressão do Fisiculturismo no Estado do Amazonas.
Seu sonho de virar esportista profissional foi consequência de muito esforço, dedicação e trabalho duro. “Entrar para a Pro League no fisiculturismo é o sonho de todo atleta amador. Em novembro de 2015 tive esta oportunidade ao me tornar campeã mundial Overall de fisiculturismo, em um evento realizado na Hungria, onde disputei com as melhores desportistas a nível amador do mundo”, explicou Daniely.
O resultado de uma alimentação totalmente balanceada que inclui carboidratos, proteínas, fibras, ingestão de bastante água, além de todo um acompanhamento médico e horários fixos para as refeições, trouxe inúmeras conquistas à atleta, que já acumula vários títulos.
Em junho de 2015, ela foi campeã do Campeonato Amazonense de Fisiculturismo (Manaus – AM); no mês seguinte ficou em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo (Brasília – DF); alguns meses depois, em novembro, tornou-se campeã Overall no Campeonato Mundial de Fisiculturismo (Budapeste – Hungria); e em maio de 2016, teve sua estreia no Campeonato Profissional IFBB Puerto Rico PRO, conquistando a quinta colocação (San Juan – Puerto Rico).
A preparação de Castilho é feita por um grupo de profissionais que cuida com detalhes de cada passo dado por ela durante os treinos. A equipe é formada por Paulo Rechden (Coach/preparador), Vinícius Barbosa (Personal Trainer), Dr. Arthur Rasqueri (Médico do esporte) e Márcio Devitte (Fisioterapeuta).
Conforme a atleta, o ano de 2017 já está todo programado. “No primeiro semestre, haverá três competições internacionais, que ocorrerão nos Estados Unidos e no Canadá. Meu maior projeto é competir no Mr. Olympia, que é o maior show de fisiculturismo profissional do mundo, mas para participar, existe todo um critério de seleção, no qual eu e minha equipe já estamos nos preparando para que esse projeto se torne realidade”, disse.
Mesmo com rotinas pesadas e treinos exaustivos, Daniely afirma que nunca pensou em desistir dessa profissão, pois tem planos e metas bem traçados para cada degrau que está subindo e não se vê em outro lugar, que não seja no topo.
“Minha profissão requer paixão. Amo o que faço e tenho prazer em me dedicar a cada etapa de minha preparação, pois consigo notar as mudanças e o desenvolvimento decorrente de cada treino. Hoje tenho a mais absoluta certeza que nasci para o fisiculturismo e não me vejo fazendo nada com tanto amor e dedicação como faço com minha carreira de atleta, e espero um dia poder viver disso”, ressaltou Castilho.
E para aquelas pessoas que discriminam o fisiculturismo e acreditam que a mulher que o pratica fica masculinizada, a atleta tem um simples recado. “Acho que respeitar a individualidade é o que nos diferencia dos demais seres irracionais. Há todo um cuidado para que fisiculturismo não seja sinônimo de masculinização da mulher. Sou feminina, delicada e o que me torna diferente das outras é o fato de ter mais massa e definição muscular, nada além disso. Sou feliz assim, amo a vida que levo e o esporte que escolhi e não sou menos feminina por ter feito essa escolha”, finalizou.
Por: Lorena Furtado
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