Na noite desta terça-feira (24), os presidentes das três Federações de jiu-jitsu do Amazonas se reuniram com professores e faixas preta de Manaus para discutir medidas e coibir o surgimento de academias ilegais. O encontro aconteceu no condomínio View, no bairro Ponta Negra, em Manaus.
Estiveram presente na reunião, o presidente da Federação de Jiu-Jitsu do Amazonas (FJJAM), Elvys Damasceno, o presidente da Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Esportivo (FAJJE), Luis Neto, o presidente da Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional (FAJJPRO), Bosco Junior.
Durante a reunião o principal ponto discutido foi a necessidade de fiscalizar sistema de graduação no Amazonas, desta forma a Comissão Atlética de Jiu-Jitsu do Amazonas foi criada e terá como presidente, o faixa preta Fernando Barros, vice-presidente Melvin Revilla e os diretores Dailson Pinheiro, Alberth Frederich e Ronie Mello.
“A Comissão vai atuar na fiscalização e controle das academias já existentes e também na criação de novas academias. Iremos trabalhar com um banco de dados, a fim de mapear os professores que já atuam no cenário estadual e controlar o surgimento de novos profissionais. Vamos exigir os requisitos básicos para a formação destes professores”, explicou Barros.
O presidente da Fajje, Luis Neto se colocou a disposição para ajudar a Comissão no combate a fraude e irregularidades. “Estou entrando de corpo e alma na luta contra esses oportunistas, pois se não dermos um basta nisso estaremos colocando em risco nosso esporte e toda uma geração futura que garantirá a existência dessa modalidade”, declarou.
De acordo com o presidente da FJJAM, Elvys Damasceno, a criação da Comissão é a forma mais adequada para combater essas irregularidades. “Tivemos uma ótima reunião com os presidentes das três Federações de Jiu-Jitsu do Estado do Amazonas e os professores de jiu-jitsu, devido alguns fatos que vem ocorrendo em nosso Estado, como o surgimento de alguns faixas pretas sem tempo hábil, sem histórico, sem qualificação para usar tal graduação e obviamente não ser filiado por nenhuma destas Federações. Depois de uma hora de reunião produtiva e viários tópicos abordados, como de fiscalizações destes “Faixas Preta” irregulares, pessoas físicas fazendo eventos, surgimento de inúmeros “projetos sociais” sem Professores qualificados para treinar crianças, fazer uma campanha positiva para pratica de nossa arte em uma academia devidamente filiada e outros assuntos. Chegamos à conclusão que será melhor para o futuro do nosso esporte montarmos uma Comissão de fiscalização com membros das três Federações para coibir esses tipos de problemas e assim seguirmos com o nosso sempre forte Jiu-Jitsu Amazonense”, relatou.
Segundo o presidente da FAJJPRO, Bosco Junior, essa medida é fundamental para o desenvolvimento do jiu-jitsu no Amazonas. “Essas pessoas que se passam por faixas preta prejudica o desenvolvimento do nosso esporte, são pessoas que não tem qualificação profissional e técnica para dar aulas de jiu-jitsu e cabe a nós tomar uma atitude para acabar com essa fraude”, disse Bosco.
Em caso recente, um rapaz postou fotos em redes sociais com faixa preta, lutadores e professores compartilharam e desta forma foi descoberto que o homem não era faixa preta e que o mesmo praticava o esporte há apenas dois anos.
O vice-presidente da Comissão, Melvin Revila explicou que as medidas a serem tomadas, são essenciais para o progresso do jiu-jitsu. “È importante frisar que são ideias iniciadas que podem ser modificadas e serem inseridas novas ideias. Essas atividades serão de grande importância para o crescimento ordenado , pois o que aconteceu foi um crescimento desordenado, todo mundo fazendo o que queria e é isso que vamos coibir”, finalizou Melvin.
Medidas a serem tomadas pela Comissão:
– Evitar a proliferação de academias e mestres sem respaldo.
– A organização da árvore genealógica do atleta.
– Cadastro de todos os faixas preta do estado
– Certificado unificado das Federações, respaldando as academias legais.
– Criar um sistema de dados unificado
– Alvará da Comissão para funcionamento da academia, respaldando a mesma. Somente mediante alvará, poderá ser emitido o alvará da Federação.
– Estipular uma tabela mínima de valor a ser cobrado por aluno.
– Regras divergentes entre as Federações.
– Criar um Conselho de professores de jiu-jitsu do Amazonas, não graduar sem o consentimento da Federação.
– Cada Federação indicará um membro para Comissão. Nomes indicados na reunião. Ronie Melo (FJJAM), Fernando Barros (Fajje), Dailson (FAJJPRO).
– Criação de um slogan para divulgar nas mídias.
– Marcar um adesivasso em toda a cidade, envolvendo professores e atletas.
– Próxima reunião de apresentação do projeto para acontecer. (com a presença do CREF.
– Elaboração das carteirinhas pela Comissão junto com o alvará.