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Entrevista com o presidente da Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional (FAJJPRO) Bosco Junior

Bosco Junior,  35 anos, formado em educação física, empresário e presidente da Federação Amazonense de jiu-jitsu Profissional (FAJJPRO),  vem desenvolvendo um trabalho sério e com qualidade , contribuindo com o crescimento do esporte no Amazonas. Confira a entrevista concedida ao site No Podio.

NP: Como surgiu a ideia de criar a Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional (FAJJPRO) ?

BJ: No ano de 2013, observando o trabalho dos gestores de outras federações mais antigas, resolvi criar a FAJJPRO com o objetivo de dar suporte e apoio aos atletas do jiu-jitsu. Sabemos que o atleta tem custos como transporte, kimono, suplementos e outras despesas. Então, além da medalha e troféu, a FAJJPRO visa a bonificação em dinheiro. Estamos fazendo um trabalho diferenciado e bem focado. Hoje 90 % da equipe de apoio e colaboradores, são formados em educação física e os 10% são acadêmicos de educação física. São pessoas que trabalham sério, são remuneradas e querem o crescimento do esporte. Somos a primeira Federação a implantar um sistema para fazer a inscrição on line, dessa forma o atleta tem uma facilidade maior, pois o sistema é 24h, se por um acaso o atleta, não fizer on line, pode fazer na sede da federação, que fica aberta de segunda a sexta-feira, no horário comercial, e até mesmo no fim de semana, pois se o atleta precisar estamos prontos para atender.

NP: Quais os principais campeonatos realizados pela FAJJPRO?

BJ: O Open Japiim de jiu-jitsu Profissional, Campeonato Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional, Copa Butika de Jiu-Jitsu Profissional, Copa Juventude, Copa Cidade de Manaus. Todos esses eventos valem ponto para o ranking por equipe. Há cinco anos atrás, antes de fundar a federação, eu e o Rodrigo Pinheiro tivemos a ideia de doar kimonos e tatames para as academias que precisavam. Na ocasião, escolhemos dez academias. Depois que fundei a Federação, resolvi continuar o projeto, mas resolvi fazer o ranking por equipes, homenageando os professores e ao mesmo tempo beneficiando os atletas. Esse ano, por exemplo, serão doados dez placas de tatame e cinco kimonos. Serão dez equipes contempladas com essa premiação.

NP: Fala do seu trabalho ajudando atletas e projetos.

BJ: Quando eu era atleta, eu não tinha esses benefícios, minha mãe que comprava meus kimonos e pagava parcelado. Hoje em dia, eu tenho acesso a esses materiais e com uma facilidade tão grande. Então quando vejo alguém com dificuldade para conseguir esse material, eu ajudo. Não costumo expor essas doações, mas as vezes eu divulgo para que outras pessoas se sensibilizem e façam o mesmo, gerando a corrente do bem. Compro kimonos e ajudo algumas crianças, ajudo alguns projetos, até mesmo quando vou em locais bem carentes e percebo as condições precárias, com atletas treinando em cima de colchão e papelão velho, faço doação de tatame. Eu dou a ferramenta e deixo eles desenvolverem o resto. Esse é um trabalho gratificante que venho desenvolvendo.

NP: Fale do trabalho voluntário que você desenvolve na Associação Pestalozzi.

BJ: Faço esse trabalho voluntário na Associação Pestalozzi do Amazonas, levando um pouco de alegria e ajuda as crianças. As vezes retiro uma porcetagem do valor das inscrições para fazer a doação e assim poder contribuir com a instituição.

NP: Como você começou a treinar ?

BJ: Comecei a treinar karatê em 1988, aos 8 anos de idade, na academia Noguchi, na época que eu assistia aqueles filmes do Bruce Lee. Em 1990 comecei a treinar judô com o professor Rildo Heros e também treinava jiu-jitsu com o Alessandro “Xuxete” no Colégio Objetivo. No ano de 1994 fui treinar no Orley Lobato e quando ele fechou a academia migrei para a Agenor Alves que também fechou. Só depois fui treinar no Club Pina, onde permaneço até hoje. Nunca  saí do Japiim para treinar em outra academia, sempre fui fiel ao Japiim e aos professores desse bairro. Saí das academias do Orley e Agenor Alves porque os professores fecharam as academias para desenvolver outro trabalho.

NP: Como você avalia a realização de muitos campeonatos no mesmo dia ?

BJ: Criei um grupo de watsapp com os professores e organizadores de eventos para que dessa forma todos possam se organizar e não conflitar as datas dos eventos. É um direito do professor que é filiado querer fazer um campeonato interno para ganhar dinheiro e reformar a academia, entre outras despesas. Mas hoje em dia tem muito oportunista, gente que nem é do jiu-jitsu querendo fazer evento e acaba atrapalhando quem realmente faz um ótimo trabalho.

NP: Qual a sua opinião sobre as academias que se juntam para vencer campeonato ?

BJ: Em relação as academias que se juntam para vencer  campeonato, eu não posso proibir, mas penso que os professores deveriam ter consciência e se querem seu nome exaltado e mostrar seu trabalho, tem que lutar por sua bandeira, assim o trabalho será reconhecido. O professor tem que formar o seu campeão. Outra situação que acontece muito, são os lutadores que chegam na semifinal, combinam de fechar categoria e dividir o dinheiro. Isso perde o brilho de antigamente, aquele espirito competitivo, aquela rivalidade.  Desanimamos com esses fatos. Pessoas de academias diferentes combinando resultados, querendo medalhas para dizer que fecharam categoria, isso está errado. Não permitirei mais esse tipo de combinação, “ou tem luta, ou não tem dinheiro”.

NP: Fale dos projetos futuros.

BJ: Na Copa Cidade de Manaus espero reunir cerca de 1.500 atletas para fechar com chave de ouro o calendário da FAJJPRO. Agora estou visando o jiu-jitsu sem kimono, porque é uma competição que os atletas solicitam muito, por esse motivo criei o Amazon Warrios Nogi que já vai para a terceira edição. Esse foi o primeiro evento no Norte do Brasil a ter um cinturão profissional , além da premiação em dinheiro e o certificado de campeão. O Amazon Warriors Nogi veio para ficar e logo contaremos com pessoas de outros países para lutar esse evento.

NP: Agradecimentos .

BJ: Agradeço aos empresários e aos amigos que acreditaram em mim desde o inicio, não citarei nomes, porque são muitos. Desde aquele amigo que treinava comigo e ajudava, ao amigo dono de lanchonete e dono de restaurante, o  pequeno e o grande empresário. Todos foram fundamentais para que eu estivesse onde estou hoje.

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